... que em todas as horas, houve um tempo sem mentira. Sem nós por desfiar. Permaneço, enquanto bebo as tuas palavras e quase que me engasgo. Eu, que compunha cores pensando que mais ninguém as via, que trauteava melodias que julguei inaudíveis. Eis-me, eu, aqui, sentada à porta dos dias, saboreando a brisa das horas que decorrem entre um abraço e um beijo, entre uma maçã partilhada e um aconchego. Quem sabe o medo é minha cruz, quem sabe o medo é meu motor, quem sabe o medo é luz.
Encontro a calma, o fumo adensa-se no espírito e flutuo longe, abro a viagem à deriva, estendes-me oceanos de pele para percorrer, enrosco-me no quente do teu peito para sentir o teu coração. Vives. Vivo.
3 comentários:
...
Ler-te é uma viagem deliciosa.
obrigado
e reler-te também o é :)
mas os créditos a quem os merece, as frases "amareladas" pertencem ao meu mui estimado Manel Cruz, que as sussurrava enquanto eu escrevia.
(de nada)
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