segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Meu sonho tem boca, que o digam meus olhos ...

... que em todas as horas, houve um tempo sem mentira. Sem nós por desfiar. Permaneço, enquanto bebo as tuas palavras e quase que me engasgo. Eu, que compunha cores pensando que mais ninguém as via, que trauteava melodias que julguei inaudíveis. Eis-me, eu, aqui, sentada à porta dos dias, saboreando a brisa das horas que decorrem entre um abraço e um beijo, entre uma maçã partilhada e um aconchego. Quem sabe o medo é minha cruz, quem sabe o medo é meu motor, quem sabe o medo é luz. 
Encontro a calma, o fumo adensa-se no espírito e flutuo longe, abro a viagem à deriva, estendes-me oceanos de pele para percorrer, enrosco-me no quente do teu peito para sentir o teu coração. Vives. Vivo. 

3 comentários:

pzs disse...

...

Ler-te é uma viagem deliciosa.

obrigado

Green Tea disse...

e reler-te também o é :)

mas os créditos a quem os merece, as frases "amareladas" pertencem ao meu mui estimado Manel Cruz, que as sussurrava enquanto eu escrevia.

(de nada)

Vestígios de luz …salpicos de mar … disse...
Este comentário foi removido pelo autor.