domingo, 19 de outubro de 2008

Entre becos e túneis

Desces com as tuas mãos de luz sobre as minhas pálpebras e o calor invade o meu espaço de terra. Abres a porta do sorriso e pedes que entre, que fique, que conheça e reinvente cada espaço teu. Esse teu espaço que abri sem querer enquanto as cortinas esvoaçavam e eu espreitava.
A minha mão fica, presa ao calendário sem dias, fiel ao teu sorriso e ao teu desembaraço. O corpo segue a alma que se encontrou numa parede e num chão. Ou numa qualquer esquina. Não temos bússolas, mas encontramo-nos num mar de gente. Pelo cheiro, pelo toque fugaz e electrizante, pela pele que nos pertencia sem sabermos.
Tenho sede das nossas noites sem estrelas ...

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