domingo, 29 de março de 2009

Tudo escorre

O tempo não me abraça, sufoca-me. A paciência perde-se, o sorriso esgota-se. Como pode algo que nos fez tanto sentido ficar reduzido a palavras desprovidas de qualquer cumplicidade? Assim se perde o que inimaginavelmente nos uniu.
Fica um vazio que não o chega a ser. O espaço que ocupaste cedeu, à força de tentarmos não levar a distância que nos impusemos demasiado a sério.
Não me apetece contar-te as novidades. Nem te sorrio ou desejo boa sorte, não te aceno enquanto o adeus se deixa estar suspenso no ar... e nada disto é novo ou velho, desejado ou evitado. Tudo escorre, sim, mas nem tudo se renova.

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