De repente as palavras atrapalharam-se e o silêncio empurra. Tento fechar-lhe as portas do meu corpo, mas a ausência é uma lutadora feroz, rasga-me a pele e esconde-se. Sei-a lá, mas não a consigo encontrar para expulsar para mim. Apetece-me esbofeteá-la, sacudi-la, exorcisá-la, mordê-la e arranhá-la.
Inerte, o corpo é apenas meu, e apenas o corpo é meu.
Inerte, o corpo é apenas meu, e apenas o corpo é meu.
6 comentários:
a ausência consome-nos todas as forças. é difícil esquecer o espaço que ela ocupa, por vezes é demasiado grande.
gostei*
A arma da ausência é o seu peso relativo... o seu espaço relativo... a sua dor relativa, que se nos afigura absoluta.
Tudo passa, tudo se renova.
No espaços ocos da vida, os silêncios escurecem os rostos, mas não as lágrimas …
…e não te esqueças, Deus antes de semear as estrelas no ceu , contruio a lua de uma lagrima sua…
Parabéns por fazeres deste espaço, um lugar magico…
...
Da vontade da pele que ainda sinto o cheiro e não me apetece a ausência na minha, surge o sorriso triste na falta de argumentos para aceitar a tua.
"Parabéns por fazeres deste espaço, um lugar magico…"
: )
... e espero que me perdoes ter arrastado o "vácuo" comigo.
zm, obrigada. gosto sempre de te ler aqui e no teu cantinho.
A "minha" ausência nada mais é do que efémera, inconstante, mas parte de mim.
Quanto ao empréstimo, fiquei surpreendida... cheguei a tentar comentar e não consegui, mas também comentar um texto meu noutro sítio pareceu-me estranho :)
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