domingo, 5 de abril de 2009

Esse mar ...

Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.




Pudessem os dias ser a paz que abraçamos. Pudessem as mãos sentir o que a garganta cala. Pudesse o sol queimar a saudade. Pudesse o deserto ser atravessado num voo rasante. Pudesse o mundo parar por um segundo para que te visse, assim, só como és. Pudesse o futuro desvelar-se da ansiedade. Pudesse a humidade dos olhos ser fruto da alegria. Pudesse o amor apenas ver.
E se assim fosse, ainda estaria eu aqui?

"Abraço o teu caminho e divago contigo para qualquer rumo"
(qualquer coisa possível fez-nos acreditar)

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