sábado, 20 de setembro de 2008

Silêncio

... e de repente sinto-me microscópica, invisível. O tumulto persiste e eu quedo-me num vazio desconhecido. Tão abrupta a queda que nem reparo nas cores que escorrem.
Algures, sei-te nesse chão temido, a almofadares a minha queda, a torná-la apetecida, confortável, amena. Algures num silêncio quente.
E é assim, que no desconforto da minha pequenez, temo os teus braços e o teu olhar, trazendo em ti a plenitude do teu sorriso. Escondo o medo no recanto mais claro que tenho, a ver se seca, morre, e cai. E no dia em que o desmascarares, esta queda terá fim, aterrarei suavemente no tapete que me estenderes, levantar-me-ei, e saberei que o que o silêncio esconde no seu casulo infindável.
(cinzenta ... há dias em que me vejo cinzenta, são os dias em que a tua gargalhada efusiva me falta como se de ar se tratasse, e é nesses dias que o tempo não flui, os minutos são blocos de granito que não encaixam, e as horas acumulam-se no meu peito a lutar entre si)

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