quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Not yet

Há dias em que parece que sorrio lentamente. Como se no escuro me ouvisse melhor, a pele arrepiada me tornasse mais frágil.
Noutros dias parece que há aqui sentido, mas o que faz sentido? Ou o que pode ter feito sentido?

Encontrei a velha história de embalar, no outro dia,
na rua que é minha e de mais ninguém.
Não doeu.
Aliás, não dói há muito tempo e era autêntico o meu sorriso,
tanto que só depois me apercebi do que me esqueci.
As datas, e eu sou tão fiável com datas, as datas que me passaram, a sequência de números.
Diluídas no
turbilhão que é o presente, presente que me ensina
todos os dias o som e o cheiro da palavra amor.

1 comentário:

Quase disse...

Como gostava de ter escrito isto. Tão oportuno..... Colava-lhe a etiqueta "engenheiros" e aliviava a minha alma :)
Parabéns pela sua escrita: enigmática, poética, linda....
Ana