sábado, 12 de junho de 2010

Dir-se-ia que tudo é feito de silêncio

Eu digo que é mentira.
Às vezes gosto de acariciar o silêncio e de o escutar atentamente. Segui-lo, sem que ele se aperceba e se possa sentir sufocado. Observado, analisado, rodeado.
Então deixo-o partir, e recebo as palavras, conversando com tudo o que trazem lá dentro, bem dentro de cada sílaba. Tudo depende do momento em que decidem aparecer.

(pergunto-me porque mantenho este espaço, respondo que é das poucas coisas que me liga a um passado do qual raramente tenho saudades, mas que me fez ser como sou hoje, é uma dívida, uma dúvida, uma parte de mim que algures por aqui se vai encontrando, nada mais, mas nada menos)